terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Como serão as cidades no futuro

Um conjunto de tecnologias pensado para tornar as cidades mais inteligentes ajuda as metrópoles a vencer problemas de trânsito, segurança e urbanismo. Entenda como


                                       
Edifícios ultramodernos cortados por carros e ônibus que voam. Robôs que executam as tarefas domésticas. Água 100% reaproveitada. Será que viveremos assim daqui a 30 anos? Provavelmente não. Mas diversos avanços esperados para um futuro distante já estão em testes em cidades planejadas, que funcionam como laboratórios de boas ideias a serem replicadas. Um conjunto de tecnologias desenvolvido por empresas como IBM, GE, Cisco, Philips, Oracle e Samsung tem ajudado as cidades a se tornar mais inteligentes, com transporte eficaz e menos poluente, edifícios verdes e energia renovável.

As metrópoles entraram na mira das companhias de tecnologia porque se tornaram consumidoras em potencial de uma série de soluções criadas por essas empresas para enfrentar o caos urbano, resultado, principalmente, do crescimento desordenado e da falta de planejamento.Metade dos habitantes do planeta, que acaba de atingir a marca de 7 bilhões de pessoas, mora em áreas urbanas. Estima se que em 2050 cerca de 70% da população viverá em cidades, o que representa um aumento de 1,4 milhão de pessoas por semana. "Esse crescimento causará uma mudança enorme nas cidades e na expectativa dos cidadãos sobre a qualidade de serviços como saúde, transporte, educação e gerenciamento de emergências", afirma o indiano Guruduth Banavar, vicepresidente e chefe de tecnologia para o setor público da IBM.

O impacto ao meio ambiente já é enorme. Os 3,5 bilhões de habitantes urbanos consomem 75% da energia disponível e concentram 80% das emissões de gases que causam o efeito estufa. As megacidades são responsáveis por grande parte do consumo. "Elas se transformaram em um megaproblema, que afeta principalmente os países em desenvolvimento, onde estão cidades como Délhi, Istambul e São Paulo", afirma Johnny Araya Monge, prefeito de San José, na Costa Rica. Com 2,3 milhões de habitantes, o município é visto como exemplo. Após revitalizar o centro, a administração local conseguiu fazer com que muitos habitantes que haviam se mudado para municípios próximos voltassem. As megalópoles impõem grandes desafios a governos e seus habitantes. "Apenas 40 megacidades impulsionam a economia mundial. Elas concentram um quinto da população e dois terços do PIB. São também as que geram mais inovação", diz o arquiteto e urbanista Carlos Leite, professor da Universidade Mackenzie e da Fundação Dom Cabral.

Ao mesmo tempo que atraem empresas e negócios milionários, as grandes cidades exigem atenção com as mudanças climáticas, a mobilidade urbana e os crescentes índices de desigualdade social. A boa notícia é que a tecnologia está aí para ajudar. Veja, a seguir, alguns exemplos bem sucedidos de aplicação de tecnologia para melhorar o dia a dia das cidades.
ENERGIA EM MASDAR, SÓ ENERGIA RENOVÁVEL.

Uma cidade sem carros, que gera pouco lixo e só usa energia renovável. Essa é Masdar, um distrito econômico da cidade de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e um dos modelos de cidade laboratório em construção. Quando estiver pronta, em 2025, Masdar deve ter uma população de até 50 mil habitantes e 1 500 empresas. Por suas ruas circularão carrinhos elétricos conhecidos como pods, impulsionados por trilhos magnetizados. O projeto urbanístico de Masdar foi criado pela empresa inglesa de arquitetura Foster and Partners, em 2006.
 

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